terça-feira, 16 de junho de 2009

O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Estava com 12 anos e todas as suas coleguinhas já haviam começado a se interessar por rapazes.

Ela também já estava começando a sentir coisas, mas era diferente. O garoto que invadia seus sonhos já não era mais nenhum garoto.

O nome dele era Miguel, tinha quase 40 anos, casado, pai de três filhos adolescentes e era seu professor de Educação Física

Jéssica não sabia dizer exatamente quando começou, mas sentia que era algo que crescia gradativamente dentro de si.

Nas aulas, observava maliciosamente as pernas grossas e peludas do professor á distância, mordiscava os lábios de excitação. Os garotos da sua idade não tinham aquelas pernas, nem aquele tórax torneado e os bíceps perfeitamente definidos, sem falar nos charmosos fios grisalhos que lhe cobriam tão sensualmente a cabeça, pensava entre suspiros.

Definitivamente, Miguel fazia Jássica pensar loucuras. Era apenas uma menina, mas as coisas que imaginava com o professor eram dignas de qualquer obra de Nelson Rodrigues ou Vladimir Nabokov com sua indefectível Lolita.

O ápice de seu desejo aconteceu em um campeonato de vôlei juvenil.

Jéssica era excelente jogadora e quando conquistou a vitória naquele jogo, recebeu de Miguel um esfuziante abraço comemorativo.

Aquele abraço foi o motivo de muitas noites insones para Jéssica, e naquele mesmo dia no escuro do seu quarto rosa de menina, cercada por bichinhos de pelúcia, barbies e pôsteres do New Kids On The Block, ela se tocou delicadamente pela primeira vez. Sentiu a maciez de sua carne tenra misturar-se com a aspereza recém brotada de sua pele, aumentou o rítmo e então como estocadas alucinantes ela sentia seu corpo se debater frenéticamente sob os lençóis macios e perfumados. O rosto de Miguel, vermelho e suado por causa dos exercícios, invadia sua mente. Também o corpo dele, inteiro, latejante. Imaginava o que haveria dentro do minúsculo short azul que o professor usava em todas as aulas.

E nesse exercício de imaginação, intenso e pululante, explodiu em gozo e delírio.

Sentiu a respiração ofegante diminuir suavemente e adormeceu exausta e completamente satisfeita.

Nos dias que se seguiram, Jássica sentia-se estranha. Nas aulas não ficava mais á vontade com o professor. Ele mexia com ela agora, de uma forma diferente, mais real, mais intensa, e era como se ele soubesse que desde o momento daquele abraço, eles dormiam juntos e "faziam amor" quase todas as noites.

Notando a mudança de comportamento da aluna, Miguel imaginou que fosse coisas da idade e decidiu manter-se a distância para nã invadir o espaço da garota. Aproximava-se e falava com ela apenas o estritamente necessário.

Diante disto, Jéssica começou a fantasiar que o professor havia descoberto sua paixão e suas práticas noturnas em homenagem a ele, e por isso, sentindo-se desrespeitado, deixou de dar-lhe a atenção que antes lhe dedicava. Quando pensava isso sentia dores no estômago de tanta vergonha, não conseguia mais encarar o professor de jeito nenhum.

Faltavam poucos meses para o final do ano letivo e Jéssica não via a hora para que acabasse logo.

Por fim as aulas terminaram. Jéssica sentiu-se triste por ter de se afastar de seu querido professor, mas também aliviada, pois não aguentava mais ser torturada pelo constrangimento que a ideia do professor saber de tudo, lhe provocava.

O tempo passou. Jéssica cresceu, saiu da pequena cidade em que morava, foi estudar fora. Tornou-se uma moça moderna, descolada, antenada com o mundo.

Muitos anos mais tarde, de visita á casa dos pais, na cidadezinha de sua infância, tudo continuava praticamente igual, exceto ela.

Não entendia como algumas pessoas conseguiam viver uma vida inteira em uma cidade tão provinciana.

Um dia, enquanto caminhava sem destino, deparou-se com um senhor de aparência cansada e andar lento.

Seu rosto iluminou-se de admiraçaõ e surpresa ao reconhecer naquele senhor o professor que tanto lhe roubou o sono, num passado já quase esquecido até aquele dia.

Sim, era ele, Miguel, o professor de Educação Física.

O vigor já não era o mesmo de antes, o rosto já estava bem enrugado, os cabelos mais grisalhos, mas o olhar e o charme permaneciam os mesmos.

Jéssica o cumprimentou entusiasmada. O professor, já aposentado, foi apenas educado e não trocou mais do que duas palavras.

A garota ficou desapontada com a frieza do ex-professor, pois acreditava ter sido uma aluna especial, pelo menos era assim que gostava de pensar.

Nas horas seguintes ao inesperado e frustrante reencontro, Jéssica pensou na vida, no tempo, em como ele passa rápido e pode ser cruel para alguns e como junto com ele as pessoas mudam ou não.

Seguiu assim um antigo ritual de infância.

Caminhou á beira-mar sentindo o vento no rosto. Voltou pra casa, tomou o lanche especial que sua mãe sempre preparara. Ouviu um pouco de música.

Recolheu-se então ao seu quarto de menina, que permanecia intacto. Os mesmos pôsteres, os mesmos bichos de pelúcia, as mesmas bonecas, os mesmos lençóis perfumados e um único e pertinente pensamento, o professor de Educação Física.

Naquela noite, depois de muitos anos, Jéssica adormeceu exausta e completamente satisfeita.




PENSAMENTO DO DIA: "Uma imaginação bem canalizada é fonte de grandes proezas."

12 comentários:

Anônimo disse...

toda menina fantasia com professor,é quase regra.. rs
mas com 12 anos?? não ta um pouco cedo não??
Se bem q hj tem menina de 10 grávidapor ai neh.. rs

Pedro Pyratero disse...

toda menina fantasia com professor,é quase regra.. rs
mas com 12 anos?? não ta um pouco cedo não?? [2]

Texto muito longo, encurte da proxima vez.
http://pedropyratero.blogspot.com/

Marcelo A. disse...

Cara, ousado, hein?!

Uahahahahahahahahaaaaaaaa!!!!

Há pouco tempo, publiquei uns posts mais "hot" e não é que o povo gostou? Foram meus recordes de comentários!

Também gosto muito daqui, mas você tava sumido...

Vê se aparece lá no "Diz" mais vezes também. Comentários inteligentes como o seu, fazem muita falta...

E quanto ao Marcelitcho, fica à vontade! Até que gostei...

Uahahahahahaaaaaaaaa!!!!!!

Anônimo disse...

Acho que achei o seu blog na comunidade "Eu tenho um Blog".
Quanto aos seus sonhos, não fique preocupado. Aquilo é só teoria - Balela... rs
Apareça sempre no meu blog. Será muito bem vindo!

beijokas

Luis Sapir disse...

paixão platônica ocm certza freud explica

Unknown disse...

meninas Viajam noos professores kkkkkkkkk

Anônimo disse...

toda menina fantasia com professor,é quase regra.. rs
mas com 12 anos?? não ta um pouco cedo não?? [3]

ps. eu fui exceção rs, meu professores eram feios rs

Neuro-Musical disse...

Achei interessante o texto. No começo achei que seria algo erótico, mas foi meio drama e meio erótico. Muito bom!

http://cerebro-musical.blogspot.com/

Anônimo disse...

Olá!
Voltou e nem avisou neh???

Tbm ja fiquei fissurada em um professor, e pra falar a verdade so apareceu professores em minha vida, o atual tbm eh...rsrs

mil bjuxx!!!

Unknown disse...

Puta cara, legal o texto haha
você que escreveu?

pow, é foda né mina curtia o prof porque ele j era mais maduro xP
é isso ae
até mais

Estêvão dos Anjos disse...

não acho que tenha que encurtar o texto como alguém disse ai em cima, texto bem legal, ousado. as vezes cruzo com algumas pequeras por ai, nao sei se o sentimento da moça foi de fustração como geralmente acontece comigo ha ha ha

André Arteiro disse...

Muito bom. Quem nunca se apaixonou pelo professor, não é mesmo??? Gostei de toda a maneira que foi conduzida a história e o reencontro com o professor. Caramba, eu preferia nunca ter reencontrado, do que vê-lo mais velho e sendo frio. Às vezes é melhor guardar a imagem do passado na cabeça...