quinta-feira, 26 de março de 2009

AMOR BREVE E SEM DESTINO

Era aquilo que ele queria desde o início.
Desde que começou a sonhar com "príncipes encantados", aos cinco anos de idade.
Desde que se percebeu apaixonado pela primeira vez, aos onze anos, por um colega de classe que repudiava e debochava de seus sentimentos.
Desde a primeira tentativa de um beijo desajeitado e assustado aos quatorze anos, onde o desejo foi atropelado por um medo incontrolável e justificável de ser visto ou descoberto por alguém. Desde que descobriu aos quinze, que o amor pode ser dilacerante, cruel e maldito quando é impossível e não correspondido.
Quando a partir dos vinte e um, chegou á triste constatação que em seu mundo o sexo sempre chega antes da paixão ou até mesmo de um olá.
E quando aos vinte e quatro acreditou ter encontrado o derradeiro amor, pôde sentir que mais cruel do que um amor impossível e não correspondido, é um amor possível não correspondido. Então, numa noite morna e suave, onde menos se esperava, de forma displicente e leve, por algumas horas ele encontrou o "príncipe" que lhe disse todas as palavras pelas quais esperou durante vinte e sete anos.
Lhe deu todos os beijos devagar, sem medos nem sustos.
Lhe disse olá e insinuou a possibilidade de uma paixão, antes mesmo de mencionar sexo.
Foi seu amor possível e correspondido.
Não trocaram e-mail nem telefone, apenas beijos. Longos e molhados beijos.
E carinhos, afagos e toques, fortes e delicados.
Ao despedirem-se, ele usou a frase de um filme que tinha assistindo á poucos dias atrás:
“... Não quero seu telefone, e-mail ou endereço. Se nos encontrarmos de novo é porque era pra ser. Se não nos encontrarmos é pra que tenhamos apenas a lembrança desta noite guardada pra sempre. Apenas uma noite, apenas alguns momentos, pra sempre...”.
E se afastaram pela noite escura e morna, para lados opostos.
Até hoje ele pensa sobre sua decisão.
Teria sido estúpida?
No filme, o casal apaixonado se reencontrava e vivia uma linda história de amor.
Mas, já fazia algum tempo e eles nunca mais tinham se encontrado de novo. Nem no mesmo lugar em que se viram pela primeira e única vez.
Onde ele havia voltado algumas outras vezes, na tentativa de reviver aqueles momentos sublimes.
Não, não se viram nunca mais.
Afinal de contas o amor não é um filme.
Mas aqueles momentos estão guardados e são lembrados sempre.
Ele nunca mais viveu momentos iguais.

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Queridos amigos e leitores que acompanham e gostam do meu cantinho, agradeço o carinho e a paciência de todos vocês, mas queria comunicá-los que passo por um momento de crise de inspiração e por isso talvez fique algum tempo afastado daqui, sem postar.
Espero que essa crise passe logo.

Beijos e até mais!!!!!!!!!

sexta-feira, 20 de março de 2009

A GORDURA DE LUCIANO

Talvez eu esteja colocando minhas garrinhas de fora, mas preciso falar.
Alguém aí por acaso assistiu ao programa da Hebe essa semana?
Zapeando no controle remoto, parei por uns minutos no programa da mais nova octagenária da tv brasileira (houve uma época em que eu era fã dela), só pra observar como estaria se comportando Hebe, agora com oitenta anos de idade.
Achei-a tranquila, com um ar meio sereno, até um pouco mais comportada.
Ou seria viagem da minha cabeça, apenas desejando ver uma senhora mais contida depois de tantos anos de irreverência?
De qualquer forma, segundo minha mãe, que acha até cabelo em ovo, Hebe está caquética. Não concordo, mas enfim, cada um vê e acha aquilo que quer.
No entanto, Hebe não é o assunto principal desta crônica. O que me motiva a escrever esse texto hoje é um de seus convidados do programa da última segunda.
Pela enésima vez Hebe recebia Zezé di Camargo e Luciano. Este último, por sua vez, quase irreconhecível.
Inchado, gordo, feio, horroroso!!!
Sem exageros, fiquei chocado e revoltado!!!
Como pode um homem rico e vaidoso, um artista que vive, além de outras coisas, também de sua imagem, que tem condições de pagar os melhores nutricionistas, as melhores academias, ter qualquer tipo de alimentação saudável e ainda, em último caso, recorrer a cirurgias plásticas, se deixa ficar daquele jeito?
O cara tá bizarro, parecendo um mamute atrofiado.
Devia ter vergonha de aparecer como está em público.
Aí vocês me perguntam: mas e daí, o que tu tem a ver com a gordura do cara? pq te incomoda tanto? Isso é preconceito.
Respondo: não tenho nada a ver com o relaxamento do Luciano di Camargo, pra dizer a verdade eu nem gosto da dupla. Mas sua aparência física atual me incomoda sim, e muito. E isto não é preconceito coisíssima nenhuma.
A questão é: por que nenhuma revista, jornal ou programa de televisão, desses que gostam de explorar o pior da vida dos artistas, anunciou que o cantor Luciano está no mínimo 10 kg mais gordo e horroroso, fazendo aquele sensacionalismo barato que todos os medíocres adoram?
Porque ele é homem?
Por que essa maldita ditadura da magreza serve só para as mulheres?
Tenho certeza que se Ivete Sangalo ou quaquer outra cantora de sucesso estivesse 2 kg acima do peso, o Brasil inteiro já estaria sabendo.
Por que a mídia bombardeou por tanto tempo a assumidamente gordinha e sexy Preta Gil? Sendo que o público conheceu e aceitou-a desde o início do jeito que era, rechonchuda e apimentadamente divertida.
Agora quando surge um André Marques da vida, a exemplo de Luciano, que engorda e emagrece, engorda e emagrece feito uma sanfona desrregulada, a mídia se cala.
Alguém me explica por quê?
Será que acham que homem gordo e fora de forma é menos feio ou mais bonito que mulher gorda e fora de forma?
Eu não acho.
Os homens tem muito mais facilidade pra manter a forma do que as mulheres, no entanto...
Sou contra todos esses padrões de beleza que não sei quais manés estabelecem por aí, mas Luciano no progrma da Hebe, parecendo um bufalo castrado, foi realmente vergonhoso pra mim.
Pronto, falei.

segunda-feira, 16 de março de 2009

PERGUNTINHA DETESTÁVEL!!!

Hoje vou deixar de lado a poesia e as reflexões profundas e falar de algo mais ameno. Falarei sobre um assunto do qual não entendo lhufas, mas que todo mundo adora, ou quase todo mundo, exceto eu e uns poucos e bons que andam por aí.
E o assunto é... futebooool!!!
Sinceramente, não suporto. Mas pior do que o jogo em si, é o fanatismo das torcidas, essa esquizofrenia, que vira obcessão, se transforma em cegueira e metamorfoseia-se numa lamentável e sanguinária agressividade, chegando muitas vezes, infelizmente, ao seu clímax com a morte de alguém num estádio qualquer da vida.
Forte não?
Tudo bem, eu falei que o assunto ia ser ameno, mas é que começar a falar desse fanatismo me revolta. Afinal, também tenho que justificar de alguma forma minha aversão pelo futebol e quem me conhece sabe que eu sou chegado num bom drama, gosto de pincelar tudo com cores fortes, até mesmo os assuntos pretensamente amenos.
Mas vamos ao X da questão, o que realmente me trouxe aqui hoje.
Algo que me incomoda profundamente é quando alguém me pergunta pra que time eu torço, isso pra mim é um constrangimento. Como explicar no país do futebol que eu não torço pra time nenhum, nem sequer gosto de futebol.
As vezes gaguejo, fico sem graça, outras, respondo irritadamente, que detesto futebol e muito menos torço pra algum time. Mas tem momentos que essa pergunta é uma verdadeira "sinuca de bico".
Explico-lhes por que:
Moro no Rio Grande do Sul, estado onde o fanatismo entre as torcidas gremista e colorada é equivalente aos corinthianos e palmeirenses em São Paulo, uma verdadeira guerra declarada entre azuis e vermelhos. As vezes é engraçado pra quem é neutro ver de fora toda essa loucura futebolística, mas quando vem a pergunta: pra que time tu torce? Sei que fatalmente terei que responder Grêmio ou Inter. É a resposta esperada por quem pergunta, ou um, ou outro. Como já disse não respondo, prefiro dizer que não torço pra ninguém, o que soa como uma grande heresia pra um gaúcho de verdade tchê!!!
O grande constrangimento mesmo, aconteceu hoje.
Estava eu, muito a vontade e descontraído, em uma entrevista de emprego, com uma simpática entrevistadora, candidatando-me a um cargo bastante almejado. Tudo corria muito bem, até que ao final, me surge a pergunta surpreendente e fatal: Pra que time tu torce?
Senti naquele momento, em frações de segundos, que toda aquela bem sucedida entrevista podia cair por terra, com aquela simples e infeliz pergunta.
O que dizer numa situação dessas? Se já ficava sem graça e constrangido de dizer que não torcia pra time nenhum a qualquer pessoa que me questionasse e que não me daria nada em troca, imagine como não me senti naquele momento.
A moça do rh era tão querida, será que me desabonaria o simples fato de não gostar de futebol e não torcer pra ninguém?
Eu sabia o que ela queria ouvir: "Sou colorado!!!!" ou, "sou gremista fanático!!!!". Mas fiquei todo embaraçado e pra não me comprometer, respondi bem sem graça: "Eu gosto do Santos."
Como reação recebi um sonoro e enfático: " do Santos?????!!!!!!"
Definitivamente não era a resposta que ela esperava, eu poderia até dizer que torcia pro time rival ao dela, mas tinha que ser um dos dois. Afinal tô no Rio Grande do Sul pô!!! Eu sou gaúcho tchê!!!
Por fim, quando ela revelou que era colorada FANÁTICA, ainda tentei emendar dizendo que me simpatizava mais com o colorado mesmo. O que realmente é verdade, pelo simples fato de gostar mais de vermelho do que de azul, mas obviamente, que a emenda deve ter saído pior que o soneto.
O resultado da entrevista só saberei no decorrer da semana, mas independente do resultado, aprendi uma boa lição para evitar futuros constrangimentos.
A partir de agora quando alguém me fizer a pergunta fatal, responderei com outra pergunta: Primeiro me diz pra que time tu torce? E então obterei minha resposta.


Ps.: Perdoem-me fanáticos, mas vocês são insuportáveis!!!!!! HAHAHAHAHAHA

ABÇOS...


sábado, 14 de março de 2009

ELAS


Mergulho nos olhos verdes faceiros e instigantes de uma. Olhos de quem implora por aventura e novidade a cada respiro.
Me perco na brancura láctea da tez macia e consistente da outra. Pele de papel, delicada, que implora por amor.
Me envolvo por inteiro no sorriso matreiro de uma e me arrepio de emoção com o olhar compreensivo e consternador da outra.
Uma me eletriza.
A outra me acalma.
Uma é a minha loucura, a outra, é a minha lucidez.
Uma quer sexo e amor. A outra quer amor e sexo.
Uma gargalha, a outra sorri.
Uma fala, depois pensa. A outra pensa, depois fala.
Uma tem mistério, a outra é um mistério.
Uma, fuma, a outra, também.
Devaneio entre os seios de uma e da outra. São dois pares. Quatro divinas tetas.
Uma tem a aura rosa, a outra tem a aura prata.
Uma brinca de ser adulta, a outra leva a sério a brincadeira.
Uma quer ser mais responsável, a outra quer ser menos.
Uma prefere comédia, a outra romance.
Uma apareceu logo depois da outra. Fizeram a maior farra. Bagunçaram tudo. Mostraram uma nova perspectiva e agora saem de cena.
Como tudo que é bom dura pouco, uma vai embora junto com a outra.
Em breve, daqui a alguns dias, estarei só novamente, sem uma, nem a outra.
Nunca, talvez seja tempo demais, mas por um longo período não terei mais os olhos verdes daquela uma, nem a pele de papel daquela outra.
Não mais os mistérios, o sorriso matreiro, a fumaça dos cigarros como nuvens passageiros flutuando no ar.
Ambas começam a trilhar um novo caminho.
Que seja doce e que continuem assim, sendo uma em duas, completando-se mutuamente, misturando seus defeitos e suas qualidades.
Uma boa dose de loucura com uma porção generosa de lucidez.
Brincando de ser sérias e sendo sérias de brincadeira.
Pra que nunca deixem de ser, simplesmente ELAS.


quinta-feira, 5 de março de 2009

3 MÚSICAS

Uma de minhas grandes paixões além de ler/escrever e cinema é a música. Ouvir música, apreciá-la em todas as suas diversas formas. E quem não gosta de música põe o dedo aqui.
Acredito que seja uma paixão universal. Música é uma unanimidade, muda-se os gêneros, o efeito que provoca em cada um, mas a palavra que resume tudo o que a música representa pro ser-humano é uma só: emoção.
E em mim, ela já fez grandes revoluções. Embalou grandes amores, grandes decepções, momentos alegres, dolorosos, de silêncio, reflexão...
Clássica, sertaneja (da qual não gosto nuito), mpb, pagode (que apenas suporto), rock, pop, jazz, blues, internacionais, bossa-nova, samba, chorinho, axé. Cada um tem seu estilo, a música tem todos.
Hoje quero falar sobre 3 músicas, que me marcaram de forma especial ou mexeram comigo de alguma maneira profunda.
São músicas de épocas diferentes.
A primeira vive seu auge atualmente. É uma música baiana, dançante, cheia de energia e contagiante. Quando a escuto, não consigo me conter, é como se um espírito tomasse conta de mim, o espírito da alegria, explosiva, fantástica e inabalável. Na balada, quando toca, depois de me esvair em suor e gritos ensurdecedores, não preciso de mais nada, a festa se completa e já posso ir embora feliz, com o corpo molhado e a alma lavada.
Mérito para a arretada e simpática baianinha Cláudia Leitte que esse ano roubou o verão pra ela com seu hit EXTRAVASA, a música que mais mexe comigo atualmente.

Segue a letra:

Exttravasa

Babado Novo
Composição: Claudia Leite / Casulo

Dominou geral/Sacudiu a praça/Venha que o som é massa
Rock de timbau/Groove de cabaça/E a galera embala...(2x)
Uh!Tem que ter!/Bola na rede Prá dizer que é gol/Vem dizer!/A todo mundo Que no nosso amor
Tem que ter!/Uma balada Prá gente dançar Ah! Ah!
Extravasa/Libera e joga tudo pro ar/Eu quero ser feliz Antes de mais nada
Extravasa/Libera e joga tudo pro ar/Ar, ar, ar, ar, ar, ar...(2x)
Dominou geral/Sacudiu a praça/Venha que o som é massa
Rock de timbau/Groove de cabaça/E a galera embala...
Tem que ter!/Bola na rede Prá dizer que é gol/Vem dizer!/A todo mundo Que no nosso amor
Tem que ter!/Uma balada Prá gente dançar Ah! Ah!
Extravasa/Libera e joga tudo pro ar/Eu quero ser feliz Antes de mais nada
Extravasa/Libera e joga tudo pro ar/Ar, ar, ar, ar, ar, ar...(2x)
"O entusiasmo no movimento/A atividade na balada/Mais veloz que o vento
Cheio dito na idéia/Do meu papo reto/Aumente o som e dance
Quando tiver por perto/Chega de problema/Quero solução Oh!
De boca na boca!/Escute a voz Que vem do coração/Radicalizando/Mas com limite
Hoje é dia de extravasar/Meu irmão!
"Tem que ter!/Bola na rede Prá dizer que é gol/Vem dizer!/A todo mundoQue no nosso amor
Tem que ter!/Uma balada Prá gente dançar Ah!
Não! Não! Não! Não!/Extravasa/Libera e joga tudo pro ar
Eu quero ser feliz Antes de mais nada/Extravasa/Libera e joga tudo pro ar/Ar, ar, ar, ar, ar,
ar...
Extravasa/Libera e joga tudo pro ar/Eu quero ser feliz/Ser feliz, ser feliz
Extravasa Hê! Hê!/Libera e joga tudo pro ar/Pro ar! Pro ar!

A segunda canção é uma verdadeira poesia, terna, doce e triste.
Do álbum Essa boneca tem manual de Vanessa da Mata, lançado em 2004 e adquirido por mim em 2006. MÚSICA é o nome da canção.
Um lamento, uma despedida, um amor que chegou ao fim.
O meu amor, naquela época, era platônico e não correspondido. Vanessa com sua voz mágica e aveludada, embalou esse sentimento tão especial, que até hoje me trás recordações apaixonadas.
MÚSICA, sempre me arranca lágrimas, ou melhor, não arranca, tira-as de mim suavemente com a mesma delicadeza de rosas despetalando-se.

Segue a letra da poesia, quer dizer, da canção:

Música

Vanessa Da Mata
Composição: Liminha / Vanessa da Mata

Nosso sonho/Se perdeu no fio da vida/E eu vou embora/Sem mais feridas/Sem despedidas
Eu quero ver o mar/Eu quero ver o mar/Eu quero ver o mar/Eu quero ver o mar
Se voltar desejos/Ou se eles foram mesmo/Lembre da nossa música/Música
Se lembrar dos tempos/Dos nossos momentos/Lembre da nossa música/Música
Nossas juras de amor/Já desbotadas/Nossos beijos de outrora/Foram guardados
Nosso mais belo plano/Desperdiçado/Nossa graça e vontade/Derretem na chuva
Se voltar desejos/Ou se eles foram mesmo/Lembre da nossa música/Música
Se lembrar dos tempos/Dos nossos momentos/Lembre da nossa música/Música
Um costume de nós/Fica agarrado/As lembranças, os cheiros/Dilacerados
Nossa bela história/Tá no passado/O amor que me tinhas/Era pouco e se acabou
Se voltar desejos/Ou se eles foram mesmo/Lembre da nossa música/Música
Se lembrar dos tempos/Dos nossos momentos/Lembre da nossa música/Música.

ONDE VOCÊ MORA? é a terceira música. Um pouquinho mais antiga que as outras, o hit é de 1994. Sucesso com a banda Cidade Negra, liderada pelo vocalista Toni Garrido, a canção de Marisa Monte e Nando Reis foi uma febre no Brasil inteiro. Embalou romances, namoros e "ficadas".
Foi marcante pra mim, porque aos treze vivia as descobertas típicas da idade e ninguém pode negar que muitas vezes são descobertas difíceis, decepcionantes, mas deliciosas, e essa música me acompanhou por um bom tempo, por muitas descobertas, muitos delírios e sonhos adolescentes.

Segue a letra:

Onde Você Mora?

Cidade Negra
Composição: Nando Reis / Marisa Monte

Amor igual ao teu/Eu nunca mais terei/Amor que eu nunca vi igual/Que eu nunca mais verei
Amor que não se pede/Amor que não se mede/Que não se repete
Amor que não se pede/Amor que não se mede/Que não se repete
Amor igual ao teu/Eu nunca mais terei/Amor que eu nunca vi igual/Que eu nunca mais verei
Amor que não se pede/Amor que não se mede/Que não se repete/Amor...
Cê vai chegar em casa/Eu quero abrir a porta/Aonde você mora?/Aonde você foi morar?
Aonde foi?/Não quero estar de fora/Aonde esta você?/Eu tive que ir embora/Mesmo querendo ficar
Agora eu sei/Eu sei que eu fui embora/Agora eu quero você/De volta pra mim
Amor igual ao teu/Eu nunca mais terei/Amor que eu nunca vi igual/Que eu nunca mais verei
Amor que não se pede/Amor que não se mede/Que não se repete
Amor que não se pede/Amor que não se mede/Que não se repete
Amor igual ao teu/Eu nunca mais terei/Amor que eu nunca vi igual/Que eu nunca mais verei
Amor que não se pede/Amor que não se mede/Que não se repete
Cê vai chegar em casa/Eu quero abrir a porta/Aonde você mora?/Aonde você foi morar?
Aonde foi?/Não quero estar de fora/Aonde esta você?
Eu tive que ir embora/Mesmo querendo ficar/Agora eu sei
Eu sei que eu fui embora/Agora eu quero você/De volta pra mim
Amor igual ao teu/Eu nunca mais terei/Amor que eu nunca vi igual/Que eu nunca mais, nunca mais terei.

Um pouquinho de mim, através de algumas músicas marcantes e inesquecíveis.
Músicas que falam por mim e contam um pouquinho de cada momento desse livro, que ainda não terminei, chamado MINHA VIDA.






segunda-feira, 2 de março de 2009

O PASSADO


Andei refletindo sobre uma afirmação que ouvi a poucos dias atrás e cheguei a conclusão que essa afirmação renderia um belo post pra quem gosta de refletir e divagar sobre a vida e suas infindáveis nuances.
Amor, ódio, tristeza, vingança, derrota, paixões, inveja, fracasso, vitória, realizações, desejos, anseios, saudade, alegrias, etc e tal...
Qual o segredo da felicidade?
Eis a frase que mexeu tanto comigo: " Quando se fica preso ao passado você não consegue ser feliz." E eu completo... "mesmo que esse passado tenha sido repleto de felicidade."
Imediatamente descobri qual o segredo da minha (in)felicidade.
A resposta que eu procurei por tantos anos, desvelada ali por uma atriz do seriado MALHAÇÃO, ao dar uma entrevista num programa vespertino da emissora em que trabalha. Simples assim e inesperado como um soco na boca do estômago.
A atriz explicava o rancor e a amargura que impediam sua personagem de ser generosa e feliz, apesar de muito rica. Tudo extremamente clichê, mas mesmo depois de tantas histórinhas clichês como esta em seriados, novelas, peças e filmes, só agora pude entender. Porque agora é o meu momento de enterrar o passado e tentar ser feliz de novo. Reconstruir pedaço por pedaço de uma vida feliz que desmantelou-se no caminho, esses caminhos tortuosos que o destino nos impõe. Quem já não caminhou por eles?
Deixe o passado num cantinho de sua preferência, mas bem escondido ou jogue-o fora de uma vez por todas.
Esqueça o futuro, ele ainda não existe e se você projetar todas as suas expectativas e promessas de felicidade nele vai ganhar apenas muitas rugas à mais e uma frustração insuportável.
Viva da melhor maneira que puder e agradeça o presente todos os dias, pois ele nada mais é que exatamente isso, um presente que deve ser desembrulhado e apreciado diariamente com muito carinho e paixão. Nem sempre ele é do jeito que a gente queria, mas é por isso que ganhamos novamente dia após dia, novinho em folha.
Os mais nostálgicos talvez se revoltem com a ideia de colocar o passado no seu devido lugar, um lugar onde ele não possa interferir no presente. Talvez pareça insensível e radical demais a ideia de enterrar o passado bem fundo em nossas lembranças, para que ele não se aposse do agora impedindo-nos de sentir os mais intensos prazeres aqui, nesse momento.
Não sou mais um poeta delirante, nem um louco alucinado, muito menos um sonhador amargurado. Um poeta talvez, um louco quem sabe, um sonhador com certeza, mas acima de tudo um ser que acreditou na utopia de amores perfeitos, amizades inabaláveis, reencontros mágicos e saudades curáveis.
Ficar preso ao passado durante longo tempo me fez acreditar nessas doces e etéreas fantasias e correr atrás de um ideal inexistente, ou pior, esperar, como quem sofre de inanição espera por um pedaço de pão, pelos amores e as amizades que existiram no passado, esperar que ressurgissem no presente tal e qual foram um dia.
Idealizar um presente com as cinzas dos momentos felizes que ficaram pra trás, me deixou obtuso à realidade da minha vida durante muitos anos, sempre buscando e acreditando que um dia o passado se faria presente novamente e aí sim eu conseguiria ser feliz de novo.
Perdi muito tempo procurando em Maria, o jeito fascinante de dançar de Joana, em Pedro, o sorriso escancarado de José, em João, a timidez meiga de Antonio, em Clara, o alto astral contagiante de Marisa e acabei não me dando conta de que tanto Maria, quanto Pedro, João e Clara tinham outras qualidades tanto ou mais encantadoras que Joana, José, Antonio e Marisa.
Uma infelicidade atroz consumiu, pouco a pouco, um coração sedento por um reencontro mágico, que jamais acontecerá.
Descobrindo enfim, que esta infelicidade está diretamente atrelado as algemas que voluntariamente me prendiam ao passado, que foi lindo, porém atualmente tornou-se torturante, entendo finalmente que saudade não tem cura, se parou de doer é porque já não existe mais e livre dela, liberta-se também do passado.
Não quero de jeito nenhum jogar meu passado fora, é um passado do qual me orgulho e que me emociona muito, porém quero guardá-lo profundamente, escondê-lo com todo o cuidado, para que venha a tona somente em momentos especiais, de ternura, candura, onde ele me traga sorrisos e não lágrimas.
Não quero ser como aquele urso, que encontrou na floresta um barril cheio com uma feijoada fervente, e esfomeado agarrou-se a ele ferozmente, e mesmo sentindo que estava tremendamente quente e que isso lhe causava feridas profundas, preferiu continuar agarrado ao barril e sua feijoada fervente, do que abrir mão de farta refeição e salvar a própria vida. O urso assim morreu, agarrado ao barril de feijoada.
Agora começo uma nova fase, descobrindo a raiz de todo o mal, largo finalmente meu barril de feijoada, ainda que bastante machucado. Mas as feridas cicatrizam.
Quanto ao futuro... Isso é uma outra história. Reafirmo apenas o que disse, não vou pensar no que ainda não existe. Meu futuro é amanhã e olhe lá!!! Posso pensar nele, planejá-lo sem ansiedades, mas projetar nele minha felicidade, never, ever!!!
Já o meu presente, quero-o agora. Preciso desembrulhá-lo rápido e começar a vivê-lo com urgência!!!!!!