domingo, 20 de novembro de 2011

DO AMOR PLATÔNICO

Meu coração disparava cada vez que eu te via
Minha boca secava
Meu corpo todo tremia


Você me inspirava poesia
e quando me sorria eu ganhava meu dia

Me dava taquicardia
um frio no estômago
um arrepio na espinha

Até que deixou de ser alegria
e virou agonia
Você não me correspondia

Será que ria
dessa coisa doentia
que mais parecia romance de quinta categoria?

Minha auto-estima diminuía
pois você não reagia
não me desejava
não me queria

De repente aquela sensação
a paixão, o amor
se transformou numa dor imensa, gigante, frustrante

Lágrimas e jazz eram minha companhia constante
ouvia música melancólica bastante
que só me entristecia

Por fim o amor próprio que parecia não existia
implorou que eu não o abandonasse
à revelia dessa paixão vazia

E agarrando-me a ele
consegui lentamente submergir do poço fundo
em que me jogou sua devastadora indiferença

Recuperado então desse sentimento quase fatal
achei engraçado afinal
quase morrer de dor
quando tais platonices de amor
não passam de um breve torpor

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