quarta-feira, 12 de setembro de 2012

UM LUGAR CHAMADO XINGÓ


Se a felicidade são apenas momentos de alegria, nesse lugar inóspito e histórico, situado entre o interior de Sergipe e Alagoas, eu fui intensamente feliz por três breves dias. Foram dias de sonho. 

Xingó. Esse lugar, embora quase deserto e tão distante, me proporcionou momentos inesquecíveis. Tão inesquecíveis que até hoje, mais de 15 anos depois, as lembranças continuam vívidas e frescas na minha nostálgica memória.

Foi um tempo de ternura. Éramos jovens, cheios de vida, vigor, esperança e ilusões. Cheios de amor. Ríamos de qualquer coisa, fazíamos piada de tudo, nada nos escapava. Tudo era motivo pra festa. A felicidade sempre estampada em nossos rostos lisos e cheios de viço.

Foi ali em Xingó que os laços se fortaleceram e a intimidade se intensificou. Com Diana, Suzana, Edvan, Alexandre, Pablo, Cléber, Deives, Daniela e Samuel meu mundo era completo. Cada um a seu modo era muito especial. Edvan era o palhaço da turma, as vezes com apenas uma expressão arrancava gargalhadas de tirar o fôlego. Diana e Suzana eram as irmãs que sempre tinham uma palavra amiga quando alguém precisava. Sensatas, carinhosas, equilibradas, eram as conselheiras do grupo. Era no colo delas que todo mundo ia chorar as mágoas quando algum problema afligia. Alexandre era o culto, com ele dividi deliciosos momentos de música e poesia. Pablo era o desencanado. Cléber, o tenso. Deives, o responsável. Daniela era nossa dançarina, hiperativa e dona de um sorriso sempre escancarado e Samuel, uma utopia romântica. O primeiro amor platônico, impossível e não correspondido.

Juntos em Xingó, nunca fomos tão felizes ao som de Legião Urbana em "Somos tão jovens": todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou...
 

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