domingo, 1 de janeiro de 2012

ÚLTIMAS LEITURAS



Fazendo uma retrospectiva dos livros que li neste ano que findou, acho que saldo foi positivo. Até meados de 2011 tinha me caído em mãos apenas o mais recente romence de Martha Medeiros Fora de mim que devorei em no máximo três dias. De junho em diante desandei a ler vorazmente. De lá pra cá acho que foram uns 20 títulos entre crônicas, romances e biografias, sem contar as recvistas de fofoca e comportamento.

Em especial três títulos me marcaram bastante: o suspense psicológico de Santiago Nazarian Feriado de mim mesmo e os romances Nas tuas mãos da portuguesa Inês Pedrosa e o Manual da paixão solitária do meu conterrâneo imortal Moacir Sclyar.

Belos relatos ficcionais, esses dois últimos me extasiaram com trechos que sublinhei de forma fascinada e emocionada.

Trechos como: ' Eu sou do tempo da palavra. Aprendi a fazer com que as palavras deslizassem sobre o meu corpo lentamente, como pétalas caindo no outono.'

' Costumavas dizer que ser amigo de alguém é ter a coragem de conhecer o melhor e o pior dessa pessoa, e guardar esse pior, por mais peso que tenha, no silêncio do nosso coração.'

'Cada pessoa é uma harmonia de solidão, decompô-la apenas pode fazer com que sua música se torne inaudível.'

'Deve ser isto a morte, o desparecimento dos sonhos.'

'Toda experiência do amor tem o gosto melancólico de uma simulação.'

'Arte é assim. Paixão também. Arte e paixão preenchem qualquer vida. Mesmo que se trate de paixão solitária. Afinal de certa forma até memso Deus é um solitário.'

Agora nesta última semana de dezembro minha derradeiras companhias literárias são o último numero da revista Elle com a modelo-trans Lea T. na capa e entrevista, a edição de verão da Junior que "tá babado" e o mais recente lançamento de Martha Medeiros, a coletânea de crônicas dos últimos 3 anos Feliz por nada que já devorei.

Fui pouco ao cinema, mas mergulhei de cabeça no mundo da palavra escrita. Que em 2012 os dias sejam repletos de filmes, música, poesia e muitos livros.

E pra finalizar esse texto que encerra 2011 com esperanças de que tudo seja mais lúdico no ano que tá nascendo deixo um trecho do livro Sinuca embaixo d'agua de Carol Bensimon, que traduz bem aqueles desejos secretos que acalentamos de estar num lugar diferente do qual nos encontramos.

' Há uma cidade dentro de você, uma ideia de cidade. Ela é mais forte do que a cidade que não é uma ideia, do que a cidade que está fora e ela mora em você porque quer morar nela, mas não mora. Você mora noutra, que pouco importa, e vai vivendo nessa enquanto a cidade de dentro se expande ou se contrai à medida que você sente que precisa de mais espaço ou de menos espaço.'

Hoje eu moro na cidade que há dentro de mim e não é mais uma ideia é um fato. Feliz por isso é o que vou comemorar e agradecer em 2012.

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