sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

AS 10 MAIS DAS 8 - PARTE 1

Pra matar as saudades, uma lista de minhas 10 novelas favoritas das 20:30 horas, antes de virar das 21:00. Nesta primeira parte apenas 5. Em ordem de preferência, são elas:

10.
Essa trama de Gilberto Braga foi ao ar entre 18 de julho de 1994 a 10 de março de 1995 e nem de longe é considerada por público e crítica sua melhor novela, muito pelo contrário, PÁTRIA MINHA foi uma novela problemática. Seria a última história de uma trilogia iniciada com VALE TUDO e seguida por O DONO DO MUNDO abordando a questão: vale a pena ser honesto no Brasil? Mas, diferente da primeira que foi um sucesso estrondoso em 1988 e da segunda que teve problemas com a audiência por causa da trama em si, indigesta para a maioria dos telespectadores nos idos de 1991, o maior problema de PÁTRIA MINHA foi ocasionado pelo elenco. A protagonista Vera Fischer era então casada com o coadjuvante Felipe Camargo. Ela interpretava a sofisticada arrivista Lídia Laport e ele o humilde Inácio, ambos de núcleos que não se encontravam na trama, porém, crises de ciúmes começaram a provocar fortes brigas entre o casal. Diziam as más línguas que Vera tinha ciúme das cenas de Felipe com Isadora Ribeiro, seu par romântico na trama. Em meio a toda essa roupa suja, marido e mulher ainda estavam envolvidos com drogas. A situação do casal dentro da emissora e nos bastidores ficou insustentável e acabou sobrando pro pobre Gilberto que teve de matar dois importantes personagens de sua história, sendo um deles a protagonista e tentar consertar o imenso estrago deixado por eles já quase na reta final. Confesso que sem Vera Fischer a novela perdeu grande parte de seu charme e deu muito pano pra manga pra que a trama fosse achincalhada pela mídia, mas ainda assim é uma de minhas novelas das 8 preferidas. Além de ter sido exibida numa época muito especial pra mim, tinha Alice, a mocinha vivida por uma esfuziante e doce Cláudia Abreu, que depois de Juliette de QUE REI SOU EU? e Clara de BARRIGA DE ALUGUEL me fez apaixonar definitivamente. Ela era honesta, idealista, justa e tentava lutar contra o poderoso e mau caráter Raul Pellegrini, em mais um momento marcante de Tarcísio Meira. Após diversos embates, Alice descobre ser neta do homem que mais despreza, um segredo guardado durante anos por sua mãe Natália, vivida pela fantástica Renata Sorrah, que havia tido um caso no passado com o não menos desprezível Gustavo Pellegrini, filho de Raul, que a abandonou grávida. No outro lado da história tinha Lídia, mulher linda e ambiciosa que buscava de todas as formas um marido rico. Mãe de Rodrigo, sujeito bom e honesto mas um tanto quanto dominado por ela. Lídia é dedicada e tem loucura pelo filho, mas o força a manter um romance com a rica e apaixonada Beatriz Aboim, de olho na fortuna de sua família. O principal plano de Lídia é casar o filho com Beatriz e dar o golpe em Raul. Embora o segundo seja mais difícil, pois Raul é casado com a bondosa Teresa, Lídia consegue seu objetivo após muitas intrigas e tramóias. Raul se separa da esposa e logo em seguida cai nas garras da loira fatal, não resistindo aos seus encantos casasse com ela. Lídia concluí seu golpe tornando-se a senhora Raul Pellegrini, mas Rodrigo não se casa com Beatriz, ele conhece Alice e os dois se apaixonam perdidamente.
Isso tudo é só um pouquinho dessa envolvente trama de Gilberto Braga, que foi sim uma grande história apesar dos pesares. Uma trama injustiçada pelas circunstâncias com um elenco matador. Além dos já citados, tinha ainda Eva Wilma, Marieta Severo, Pedro Cardoso, Nuno Leal Maia, José Mayer, Patrícia Pillar, Lília Cabral, Fábio Assunção, Carolina Ferraz, Renné de Vielmond, Carlos Zara, Odete Lara, Carlos Vereza, Débora Duarte, Débora Evellyn Fúlvio Stefanini, Rosita Thomas Lopes e não posso deixar de citar a revelação Isadora Ribeiro, que chegou de mansinho e roubou a cena na pele da ingênua e inocente Cilene, fisgando o coração e regenerando o terrível Raul Pellegrini.

9.
Outra do grande Gilberto Braga, sua volta ao horário nobre após nove anos afastado, desde PÁTRIA MINHA. CELEBRIDADE contava a história de Laura Prudente da Costa, a grande vilã, que tinha por objetivo principal vingar-se da mocinha Maria Clara Diniz. Um grande e deleitoso encontro das amigas na vida real e inimigas na ficção Cláudia Abreu e Malu Mader. Como pano de fundo, o mundo da fama e suas celebridades. Maria Clara era a síntese de todo esse mundo de glamour que cerca os famosos, empresária da música bem-sucedida ela provocava muita inveja e admiração, sentimentos com os quais ela conseguia lidar razoavelmente bem até cruzar em seu caminho a perversa e maquiavélica Laura, um lobo em pele de cordeiro, que cumpriu sua vingança e a fez comer o pão que o diabo amassou.
Outros personagens marcantes como Renato Mendes, Eliete, Darlene, Jaqueline Joy, Beatriz, o michê Marcos, Cristiano Reis, Ana Paula e  Vladimir, o texto sempre ágil de GB, a trilha sonora impecável, o famoso "quem matou" e o elenco afiadíssimo, fizeram dessa mais uma deliciosa novela das 8.


8.
Impossível não gostar de POR AMOR. Novela inspirada, do queridíssimo Manoel Carlos que emocionou o Brasil com a história dos bebês trocados. "O que você seria capaz de fazer por amor?". A Helena da vez, a segunda de Regina Duarte, foi capaz de trocar seu bebê vivo pelo morto da filha Maria Eduarda, que recém-casada e impossibilitada de engravidar novamente, cuidou do irmãozinho como filho sem saber que ele não era seu e sim da própria mãe. O Brasil se emocionou, mas não só com a trama principal. Tivemos também o alcoolismos de Orestes, pai rejeitado da mimada Maria Eduarda e amado da pequenina e doce Sandrinha. O lindo amor de Milena e Nando. O romance do tímido e injeitado Léo com a espevitada Cat. O racismo de Wilson, que apesar de ser casado com Márcia, uma negra que sonhava engravidar, não queria ter filhos por medo que nascessem negros. As escapadas de Magnólia com o jardineiro Genésio. A bissexualidade de Rafael, casado e chefe de uma família aparentemente perfeita, mas que se apaixona por outro homem. A divertida Meg com suas extravagâncias caninas. E claro não poderia faltar os barracos antológicos das tramas de Maneco, quase sempre protagonizados pelas vilãs Laura, em mais um ótimo momento de Viviane Pasmanter, vivendo pra atormentar a vida de Eduarda, e Branca Letícia de Barros Mota numa interpretação estupenda e definitiva de Suzana Vieira. POR AMOR é muito amor! Se tivesse que citar apenas um deslize da trama seria referente a Helena de la Duarte, que esteve muito apagada, todos brilharam mais que ela e isso não pode acontecer, Helena é sempre Helena!

7.
Após um hiato de quase três anos, Maneco retorna com esta joia, exibida entre 05 de junho de 2000 a 02 de fevereiro de 2001. E entramos no universo de Helena Lacerda, desta vez na interpretação forte e sincera de uma mais exuberante do que nunca Vera Fischer. Somos envolvidos por seus conflitos, suas dores, dúvidas e paixões. Pelas ruas do Leblon Helena se envolve numa batida de carro com o jovem médico Edu e fica envolvida por ele. Logo depois conhece o charmoso e culto Miguel em sua livraria, provocando um interesse imediato no gentil viúvo. Dias depois Helena viaja para a fazenda do pai no interior do Rio Grande do Sul para uma reconciliação, pois ficou anos sem falar com ele e agora prestes a morrer o velho necessita ficar em paz com a filha mais velha, já que a mais nova, a lolita Íris tem loucura pelo pai. Acompanhamos Helena também até o Japão, onde ela viaja com o já namorado Edu e o amigo Miguel e sua filha Cissa, para encontrar a filha Camila, sua caçula, que mais tarde casa com Edu e descobre que tem leucemia, iniciando assim o grande drama da vida de Helena que abre mão de muitas coisas pra tentar salvar a vida da filha. Helena mais uma vez é a grande heroína e viajamos fascinados e emocionados por seu universo, bem como pela vida de Capitu, Alma, Pedro e Cíntia, Fred e Clara e de minha personagem preferida, a divina Íris.

6.
Em 1990 Sílvio de Abreu estreou no horário nobre após grandes sucessos as 19 horas. No início sua RAINHA DA SUCATA sofreu um pouco com a queda de audiência, mas logo em seguida Sílvio caprichou mais no drama em detrimento ao humor que estava imprimindo a trama e deu a volta por cima. Regina Duarte como protagonista absoluta conquistou mais um título em novelas, depois da hors-concurs viúva Porcina de ROQUE SANTEIRO e da humilde vendedora de sanduíche na praia Raquel Acioli de VALE TUDO, que se torna uma bem-sucedida empresária do ramo de restaurantes, se tornava a sucateira Maria do Carmo Pereira que após construir uma grande empresa fica conhecida como "rainha da sucata". O tom popular da novela era maravilhoso. Aproveitando a febre das lambadas a novela empolgava todo mundo, a começar por sua abertura ao som dançante de Sidney Magal. RAINHA DA SUCATA foi um marco que volta agora dia 21 a ser exibida no canal Viva, onde poderei matar a saudade das arrogantes, sofisticadas e venenosas "coisas de Laurinha", das trapalhadas dos sensacionais Caio, o gago e Adriana, a bailarina da coxa grossa, da ninfomaníaca Nicinha, dos três "filhinhas" de dona Armênia, da francesinha Íngrid e principalmente da espalhafatosa e mega cafona, mas adorável "rainha da sucata", Maria do Carmo. Sucateiraaaaaa!!!

Um comentário:

Marcelo A. disse...

Nada como um velhinho pra comentar no post de outro velhinho (hehehe)...

Bem, vejamos... Adorei sua lista! Tá que não sou tão louco assim por Pátria Minha. Acho mesmo que a novela teve seus momentos, mas, no geral, penso que não entraria um top 10 meu. Se bem que, como você falou, 1994 foi um momento tão especial pra mim. Sabe aquela coisa toda de adolescência, a cabeça da gente borbulhando, novas descobertas, as saídas com os amigos? Gente, e a trilha dessa novela?! Meu pai deu o cd pra gente e até hoje eu escuto. Tem a Tony cantando Breath Again, uma das minhas músicas preferidas.... E sabe outra lembrança que tenho de Pátria Minha? Do acidente que mata a personagem do Kadu, quando, na gravação, ele e a Eva Wilma se emocionam, indo às lágrimas. Lembra disso, Esdras?

"Por Amor"... 97, outro grande ano! Sabe o que eu comentava, dia desses, com minha mãe? Saudades dessas tramas gostosas do Maneco. Uma coisa que eu odeio é sábado à noite, mas eu lembro dos sábados dessa época, com tanto carinho. A gente na sala, vendo a novela... Aqueles diálogos, a trama bem contada... Acho mesmo que a última grande novela dele tenha sido "Laços de Família", a última que me provocou essa sensação. Se bem que, a minha preferida dele não está nessa lista porque é uma das 18, História de Amor.

Gente, e Rainha da Sucata! Meu Deus, voltando à infância em 3, 2, 1... Como essa novela permanece viva em minha mente! Dona Armênia e suas filhinhas, Maria do Carmo gritando "Sucadeira", o Caio Gimanski e Adriana, a bailarina da coxa grossa... Laurinha Figueirôa e Betinho (Coisas de Laurinha)... Saudades!

Ei, rapaz, pff, Tieta entra nessa lista, né? Pelamordedeus!