domingo, 13 de janeiro de 2013

AS 10 MAIS DAS 8 - PARTE 2

Segue a lista com minhas 5 restantes novelas das 8 preferidas, fechando uma lista de 10:

5.
Última grande novela de Glória Perez, não há como ficar imune ao retumbante sucesso de O CLONE. A trama que estreou em 01 de outubro de 2001 e teve seu último capítulo exibido em 14 de junho de 2002 tratou de temas polêmicos, atuais e pertinentes à época. Coincidentemente a novela foi ao ar logo após os emblemáticos ataques de 11 de setembro e seu enredo principal abordava além de clonagem humana, a cultura muçulmana, o que provocou grande interesse no público, ávido para conhecer e entender como viviam um povo capaz de tamanha atrocidade, movido pelo ódio á uma nação. A autora conduziu sua trama com maestria fazendo o que sabe de melhor, apresentar aos telespectadores uma cultura diferente com grande riqueza de detalhes e transformar bordões, figurinos e acessórios em manias nacionais. Glória misturou em um grande caldeirão histórias que sem pesquisas minuciosas e total domínio de ofício de uma experiente novelista, teriam se tornado desconexas, confusas e incoerentes, o que não aconteceu com O CLONE. GP ousou e nos proporcionou uma fascinante fábula de amor, conduzindo nossos corações a viver intensas emoções pelas areias do deserto nos encontros fortuitos e cheios de paixão de Jade e Lucas. Uma muçulmana e um brasileiro que se conhecem ainda na juventude, ela prometida em casamento a um de sua raça e ele em passeio pelo país, e juram amor eterno tão logo entendem que foram feitos um para o outro.
Lucas tem um irmão gêmeo, Diogo e está viajando pelo Marrocos com ele, o pai, Leônidas Ferraz, sua futura madrasta Yvete e o cientista Albieri, grande amigo da família Ferraz e padrinho de Diogo. Albieri é um cientista ambicioso e muito renomado, que começa a se enveredar por experiências de clonagem humana, sua pretensão é ser reconhecido como primeiro cientista no mundo a criar um clone humano e daí surgem acirradas discussões com seu amigo muçulmano Ali, o rígido e amoroso tio de Jade, que passa a cuidar dela após a morte de sua mãe. Ali não aceita as pretensões de Albieri, pois acredita firmemente que o único que tem o poder de criar vidas é Deus. Nesses embates de opiniões surgem diálogos primorosos. Tanto quanto defende sua fé em questões científicas, Ali também a defende nas tradições culturais e familiares, por isso tão logo recebe Jade em sua casa logo trata de arranjar um casamento pra ela. O escolhido é Said, mas mesmo antes de conhecer seu futuro marido Jade já se perdeu de amores por Lucas. Os dois lutam o quanto podem pra enfrentar as barreiras culturais que os afastam e a oposição das famílias, mas são vencidos pelo destino que causa a morte de Diogo, o gêmeo de Lucas, num acidente de helicóptero, provocando um grande empecilho para que Lucas vá ao encontro de Jade e a traga pro Brasil antes que ela se case. Sem notícias de Lucas e desiludida, Jade se casa com Said numa cerimônia muçulmana deslumbrante, embora seu coração esteja escuro. E lucas por sua vez, também acaba se casando com Maysa, moça que era namorada de seu irmão.
Inconformado com a morte de Diogo, Albieri encontra a justificativa que precisava para criar um clone humano. Com o DNA de Lucas, ele usa a humilde manicure Deusa, que deseja ardentemente um filho e está prestes a fazer uma inseminação artificial, como cobaia e após inseminar a moça Albieri comete a maior experiência de sua vida, faz um clone do grande amor de Jade. Anos se passam, Jade e Lucas são infelizes no casamento, mas Khadija e Mel, a filha dela com Said e dele com Maysa, fazem com que mantenham seus casamentos. As mais envolventes tramas são desenroladas magistralmente durante os 8 meses de sua exibição, fazendo o Brasil parar, torcer e se emocionar com o drama do vício em drogas da meiga Mel, em assombrosa interpretação de Débora Falabella. Os tão famosos pastéis da dona Jura com seus grandes arroubos suburbanos e seu bordão irresistível. A encantadora Khadija. A adorável família de Mohamed e Lattifa. A histérica e venenosa Nazira em sua busca incansável por um marido. A impagável Lidiane com seu incontrolável ciúme pelo marido Tavinho. Os encontros e desencontros de Yvete e Leônidas. A divertida dona Odete pra quem cada mergulho era um flash. A doce, compreensiva e apaziguadora Zoraide. As maldades da invejosa Alicinha. A gafieira sempre presente nas tramas de Glória, onde Deusa dançava lindamente. O encontro de Jade com Léo, o clone de Lucas e depois, dele com o próprio Lucas, dois momentos impactantes de forte emoção.
O CLONE é uma das poucas novelas que me lembro onde todo o elenco se destacou, todos sem exceção brilharam intensamente, desde o coadjuvante teoricamente menos importante até a mocinha Jade, que com sua primeira protagonista, mostrou ser uma estrela de primeira grandeza. 
É apenas lamentável que depois desse tremendo gol de placa, uma autora tão inteligente como Glória Perez tenha tentado repetir o sucesso de O CLONE batendo na mesma tecla inutilmente. Suas novelas posteriores tem sido as piores do horário até agora, exatamente porque não queremos repetições mal feitas, nos apaixonamos pel'O CLONE justamente porque era algo totalmente novo, diferente e extremamente interessante, mas principalmente porque no final o amor venceu. O que não aconteceu nas péssimas AMÉRICA e CAMINHO DAS ÍNDIAS. A atual trama do horário nobre, não é de todo ruim, o enredo principal que é o tráfico humano é muito interessante e envolvente, mas está lá a tal cultura diferente, que ocupa bem menos espaço que nas novelas anteriores, mas por já estarmos cansados, cansados não, exaustos, não aguentamos mais nenhum resquício de dancinhas, bordõezinhos e blá, blá, blá do Oriente. Volte Glória, a nos brindar com histórias diferentes e gloriosas como O CLONE.

4.
Houve um tempo em que o autor Aguinaldo Silva escrevia um sucesso atrás do outro pra faixa das 8. Isso já faz muito tempo mesmo, porque suas duas últimas novelas exibidas em 2011 e 2007 prefiro nem comentar. Com exceção de SENHORA DO DESTINO que foi ao ar em 2004, as melhores novelas de Aguinaldo ficaram todas na década de 90. Meu quarto lugar vai para a sensacional FERA FERIDA, que teve sua estreia em 15 de novembro de 1993, e foi inspirada em contos e personagens de Lima Barreto. Aguinaldo Silva adaptou sua história, a busca de um homem por vingança, na fictícia cidade de Tubiacanga e criou tipos inesquecíveis, utilizando muito bem uma de suas especialidades, o realismo fantástico. 
Raimundo Flamel voltava a Tubiacanga após 15 anos de ausência para se vingar dos poderosos da cidade: Major Bentes, Demóstenes Massaranduba, Numa Pompílio de Castro e o Professor Praxedes de Menezes. Todos responsáveis direta ou indiretamente pela morte de seus pais quando ele ainda era uma criança. Agora homem feito, muito rico e sob falsa identidade ele chega a pacata, porém corrupta Tubiacanga para acertar as contas, pra isso conta com a ajuda de seu fiel assistente Gusmão e de sua tia Margarida Weber, a costureira da cidade. Ele só não contava que seu amor de infância pela geniosa Linda Inês reacenderia, nada tão grave se ela não fosse a filha única de Demóstenes e noiva de Guilherme, filho do Major Bentes, dois de seus principais alvos em sua busca por vingança. Aliado a esse ótimo mote da vingança, que sempre funciona quando desenvolvido de maneira competente, tivemos muitos tipos inesquecíveis como a adorável Ilka Tibiriçá, uma solteirona invicta, engraçada e de bom coração, em grandioso desempenho de Cássia Kiss num de seus melhores papéis. A fogosa e inescrupulosa Rubra Rosa, de Suzana Vieira. A gananciosa e perversa Salustiana, em deliciosa interpretação de Joana Fomm. O tímido e gago, porém apaixonante Fabrício, em estreia de Murilo Benício. A também estreante Anna de Aguiar, no papel da filha desnaturada Isolda Weber, em única interpretação marcante e relevante em novelas. A hilária Lucineide, empregada de Raimundo Flamel, em mais uma interpretação cômica de Maria Gladys. A ingênua e analfabeta Maria dos Remédios, muito bem defendida por Luíza Tomé, em interpretação tocante. A etérea Camila, de Cláudia Ohana, uma espécie de bela adormecida moderna, que dormia por meses a fio e acordava despertando paixões. A apaixonada Sigfrida e seu par romântico Áureo Poente, lutando para viverem um amor proibido pelas famílias, arrebataram o público nas interpretações de Débora Evelyn e Cláudio Fontana. As lindas atrizes em início de carreira Camila Pitanga e Érika Rosa, vivendo um dramático triângulo amoroso com Norton Nascimento, nos papéis de Terezinha, Clara dos Anjos e Votan. Marcos Winter como o cafajeste Cassie Jones, em sua relação quase edipiana com a mãe. A exuberante e esfuziante Perla Menescau, que roubou a cena com sua chegada já na metade da novela, o papel mais marcante de Cláudia Alencar. E a batalhadora, firme e amorosa Margarida Weber, personagem de Arlete Salles, cortando um dobrado com as filhas Sigfrida e Isoldinha, na mais emocional e dramática interpretação de sua carreira. Uma novela impecável, com texto, atuação e direção irrepreensíveis.

3.
Eu disse que as novelas de Aguinaldo Silva nos anos 90 eram as melhores, por isso meu terceiro lugar vai para PEDRA SOBRE PEDRA, outro grande sucesso do autor exibido entre 06 de janeiro a 30 de julho de 1992. Diferente de Glória Perez, ele sabia se repetir sendo diferente. Estava lá vários elementos de outras novelas suas, como o realismo fantástico, a casa das quengas e o sotaque nordestino, mas PEDRA SOBRE PEDRA foi a primeira novela de AS que eu parei pra prestar a atenção e me conquistou em absoluto. Antes teve a magnífica TIETA, baseada na obra de Jorge Amado, mas por ser muito pequeno não pude acompanhá-la na íntegra e por isso perdi esse espetáculo da tele dramaturgia, fazendo-a ficar de fora da minha memória afetiva e consequentemente dessa lista. Algo muito forte sobre essa novela marcado em minha lembrança é a tal flor de Jorge Tadeu, quem não lembra? Aquilo era uma loucura na época. As meninas da escola levavam copo-de-leite (a flor) pra sala e deixavam a flor em cima da carteira (ai como eu tô velho, ainda falo carteira), dizendo que eram uma das mulheres de Jorge Tadeu e que iam comer a flor. Eu morria de vontade de fazer o mesmo, mas se já me atormentavam com o bullying sem essa viadagem, imagina se eu levasse a tal flor pra escola. A título de explicação pra quem não assistiu a novela ou nasceu bem depois, Jorge Tadeu era um fotógrafo conquistador e mulherengo vivido por Fábio Jr. Ele chegava a pequena cidade de Resplendor de forma misteriosa e se envolvia com grande parte das mulheres resplendorinas, em sua maioria casadas. De sua lista fizeram parte a portuguesa Ximena, a perua Roseméry, a bela Suzana e a apaixonada Úrsula. Depois de enlouquecer todas essas mulheres, Jorge Tadeu é misteriosamente assassinado, deixando muitas viúvas inconsoláveis, principalmente Úrsula, que não se conforma em perder seu grande amor. Aí então, uma árvore da cidade que nunca deu frutos, começa a produzir do nada copos-de-leite, era a árvore em que JT urinava sempre que estava apertado e longe de um banheiro. Num impulso de saudade Úrsula mastiga a flor que cai em seu colo numa noite em que se encontra embaixo da árvore relembrando o amado, em seguida o morto se materializava e os dois viviam uma tórrida noite de amor. Úrsula tentou guardar segredo o quanto pôde das outras, mas quando suas principais amantes descobriram, todas quiseram comer a flor de Jorge Tadeu. Tirando essa história fantástica e divertidíssima, Resplendor abrigava a história de amor transformada em aversão de Murilo Pontes e Pilar Batista, que de casal apaixonado no passado se transformaram em inimigos políticos no presente e em meio as suas brigas e desavenças, Leonardo e Marina, se apaixonam, mas precisam esconder o sentimento, pois ele é filho de Murilo com a submissa Hilda e ela é filha de Pilar com o já falecido Jerônimo Batista, um típico romance shakespeareano. Lima Duarte e Renata Sorrah estiveram imbatíveis na pele dos protagonistas-inimigos, seus embates eram maravilhosos. Como também eram maravilhosas as tiradas de dona Quirina, sogra de Pilar que tinha mais de 100 anos de idade, vivida por Mírian Pires, sempre excelente. O vilão cínico e assustador de Armando Bógus, Cândido Alegria, seu último trabalho em novelas. As cenas sensuais entre o cigano Yago e a dissimulada Eliane. A beata Gioconda, mais uma atuação fabulosa de Eloísa Mafalda, irmã de Murilo Pontes e mãe de Úrsula, que ao final se revela a cruel assassina de Jorge Tadeu. O amor do boêmio Carlão pela cigana Vida e o de Adamastor, gerente do prostíbulo da cidade, por seu proprietário e amigo Carlão. Torço muito pra que esta maravilha do início da década de 90 volte ao canal Viva o mais breve possível.

2.
E
E a medalha de prata vai para A FAVORITA de João Emanuel Carneiro. Essa novela é tão maravilhosa, tão inovadora, tão fantástica que é quase impossível me referir a ela sem que seja no superlativo. É uma das melhores tramas dos últimos 20 anos e foi escrita por um novato em novelas, essa foi sua terceira trama televisiva e ele arrasou de todas as formas possíveis e imagináveis. Podem me tacar pedras se quiser, mas AVENIDA BRASIL, embora muito boa, não chegou aos pés da estreia de JEC no horário mais nobre da Globo, e põe nobre nisso. João Emanuel honrou de todas as formas o título que as novelas desse horário carrega. Foi uma nobreza infinita, ver uma trama tão requintada, capitaneada por duas beldades, que provaram ser estupendas atrizes, se digladiando num duelo psicológico e mortal. Patrícia Pillar em pele de Flora, a vilã-mor que enganou a todos até mesmo os telespectadores, divou ao lado de Cláudia Raia com sua sofredora e injustiçada porém, osso duro de roer Donatella. Tarcísio e Glória em mais um de tantos encontros que a gente adora, nos emocionou a todos como Irene e Coppola. Lília Cabral acabou com a minha vida, no bom sentido, ao dar vida a mal-tratada Catarina, que se tornou em minha opinião sua segunda melhor personagem em novelas. Paula Burlamaqui em dobradinha mais que especial com Lília, dando o tom exato a sua doce e serena Stella. Jackson Antunes arrancando elogios e revolta por todos os lados com seu asqueroso Leonardo. Mariana Ximenez mostrando que pode naturalmente ser uma namoradinha do Brasil com a carinhosa e querida Lara. Murilo Benício e seu irresistível cafajeste Dodi. Minha musa Cláudia Ohanna, voltando depois de alguns anos afastada das novelas. Ary Fontoura mostrando porque está tantos anos na ativa, é simplesmente um operário da arte. José Mayer, Giulia Gam e Leonardo Medeiros dando vida ao triângulo amoroso mais fascinante dos últimos tempos. Algum defeito A FAVORITA haveria de ter, e tem, mas é tão pequenininho, tão insignificante diante da grandiosidade dessa obra que não chega a comprometer em nada. O pequeno defeito atende pelo nome de Carmo Dalla Vecchia, um equívoco, que JEC tratou de não repetir em sua última obra. E como consideração final sobre esta obra-prima, só consigo defini-la plagiando um trecho de uma canção de Elis: "sei que nada será como antes amanhã...". A FAVORITA revolucionou tudo em termos de tele novelas e sabemos que depois de uma revolução, nada volta a ser como antes. 

1.
"Com a sutileza de um furacão, você vai tomando conta do meu coração. Com o sangue frio de um torturador, eu planejo passo a passo atacar seu amor." E o primeiríssimo lugar tomou conta do meu coração.
Em 13 de março de 1995 um grande suspense começava a tomar conta do Brasil inteiro. Com uma misteriosa e hipnotizante trama policial, Sílvio de Abreu estreava sua melhor novela e a minha preferida de todos os tempos no horário, A PRÓXIMA VÍTIMA. Depois de A PRÓXIMA VÍTIMA nenhum mistério de "quem matou?", recurso recorrente utilizado em tramas globais, teve mais tanta graça, simplesmente porque Sílvio de Abreu sintetizou esse mistério em toda sua trama, com várias mortes ocorrendo durante a novela inteira. Assassinatos provocados pelo motorista de um opala preto de quem não se sabia a identidade. O grande mistério era sim "quem era o grande assassino", mas também "quem seria a próxima vítima?". O enredo instigante e magnificamente conduzido, fez o país parar e se tornou um marco incontestável. Em meio a tantos assassinatos, acompanhamos as perversidades de Isabela Ferreto, grande vilã vivida por Cláudia Ohana, que traiu, enganou, trapaceou e até matou, mas também foi espancada, expulsa de casa e até esfaqueada. As paixões do feirante Juca, vivido por Tony Ramos, que amou Ana em silêncio a vida toda, mas quando conhece a refinada Helena vive uma linda história, que só é interrompida quando Ana decidi dar uma chance a ele, um homem dividido entre dois grandes amores. As investigações de Irene, estudante de direito que resolve desvendar o mistério dos crimes após a morte de seu pai, Hélio. 
Sílvio ainda abordou temas como homossexualidade, de uma forma digna e admirável através dos personagens Sandrinho e Jéferson, um branco e um negro, também falando sobre o racismo com uma família negra de classe média alta. Falou sobre drogas com o personagem Lucas e nos brindou com interpretações fabulosas através das irmãs Ferreto vividas por Aracy balabanian, Filomena, Yoná Magalhães, Carmela, Tereza Rachel, Francesca e Rosamaria Murtinho, Romana. 
A PRÓXIMA VÍTIMA, foi uma novela completa, redonda, onde nada faltou. Romance, mistério, maldades, polêmicas. Uma novela forte e eletrizante. Não atoa o autor do segundo lugar da lista teve sua primeira trama supervisionada por Sílvio de Abreu e certamente sua inspiração vem dele, que atualmente pode até estar escrevendo umas tramas meio fraquinhas, mas será sempre o autor da minha novela preferida de todos os tempos.

2 comentários:

Marcelo A. disse...

Taew, sua segunda listinha me decepcionou... Poxa, cadê Tieta?! Não creio que você tenha esquecido daquele que é, seguramente, o maior sucesso do Aguinaldo!

Odiei O Clone. Não suporto a Glória Perez, acho as tramas dela rocambolescas, os diálogos uns porres, as personagens chatas, enfim, um xarope. Sempre assim, desde Barriga de Aluguel - putz, que novelinha esticada foi aquela, meu Deus?! Curiosamente, duas das minhas minisséries favoritas são de autoria dela: Desejo e Hilda Furacão. Dá pra explicar? Claro que sim. A matéria-prima não era da Glória.

Fera Ferida foi deliciosa. Dos tempos em que Aguinaldo flertava com o realismo fantástico, com personagens surreais e nomes mais surreais ainda. Como esquecer de Ataliba Timbó e de Cassia Kiss - suprema - como a Senhorita Ilka Tibiriçá?! Em compensação, não curti Pedra Sobre Pedra. A história do amor mal resolvido de Pilar Batista e Murilo Pontes não me pegou pelo pé.

A Favorita é uma das minhas novelas favoritas também. Escrevi sobre ela, no inicinho do "Diz," e repito, com certeza, que João Emanuel é, hoje, o meu autor preferido.

Agora, A Próxima Vítima é forçação. Não gostei dela em 95, não gostaria dela agora. Eu tive oportunidade de ver Cambalacho, Sassaricando, Éramos Seis, quando ele fez aquela passagem relâmpago no SBT - grandes momentos do Sílvio. Depois que ele se meteu no horário nobre, não prestou. Se bem que essa Guerra dos Sexos requentada, ninguém merece...

Acho que Senhora do Destino merecia uma menção, hein..

E Tieta - pqp, Esdras -, cadê Tieta?!

Caroline Guterres disse...

Passando para desejar que sua semana seja toda bela! Que seus dias e noites sejam de paz, bençãos e alegrias!!!